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Somos loucos ! ! ! !



Ninguém pode dizer que a fé não é loucura.

Sim, pois se sanidade é ver o que é visível, ouvir o que é audível, e sentir o que é sensorialmente detectável pelas percepções comuns e concomitantes, então, Abraão, o pai da fé, era louco; e, forçosamente, devo admitir que também sou filho da mesma insanidade; aliás, para não acusar mais ninguém conhecido, acuso apenas a minha família; pois, aqui em casa o surto se generalizou.

Loucos! Abraão e todos os demais que pela fé tiveram certezas de coisas que se esperavam e convicções sobre o que ainda não viam, ou sobre aquilo que nem mesmo existia.

Loucos. Loucos. Loucos.

Porém, em sua loucura de sociedade com o invisível aos olhos, foram justificados apenas por crerem na misericórdia de Deus.

Assim, foram feitos fortes em suas fraquezas; e cresceram em suas tribulações.

Pois estavam sendo forjados na esperança e alimentados pela fé que realizava o imediato como benção e graça apenas para alentar a esperança nas coisas mais excelentes.

Loucos que serviram ao amor de Deus apenas pelo privilégio de serem amados; e, por isto, agüentaram todas as coisas; e fizeram-se por vezes poderosos; embora sempre sua vitória viesse depois de mortos, pela graça da ressurreição; posto que a imagem de tal existir louco de esperança e fé, é o de uma árvore cortada até à cepa, e que fica quase toda sem nada fora da terra, mas que, com o cair das chuvas da bondade, deixa brotar um renovo; e com ele uma outra-mesma árvore, só que agora renovada pelo que antes se julgava a sua extinção.

Pobres sãos!

Não conhecem nem a loucura da realidade e tampouco a Realidade da Loucura que faz criar a Realidade como fé.

O justo viverá pela loucura; ou seja: pela loucura da fé e de sua pregação!


Nele, O louco de divindade,



Caio

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